Polícia Civil avalia cancelar contrato com UFPR após suspensão de prova
A Polícia Civil do Paraná está avaliando a possibilidade de cancelamento do contrato com a Universidade Federal do Paraná, após a suspensão da prova do Concurso Público que seria realizada hoje (domingo, 21) e era gerenciada pelo Núcleo de Concursos da Universidade. O comunicado da suspensão foi publicado às 5 horas da manhã deste domingo (21) depois da última checagem do protocolo de segurança contra a covid-19 que, de acordo com o Núcleo, apontou a falta de requisitos indispensáveis de segurança em relação à pandemia de Covid-19. Mais de 100 mil pessoas de todo o país fariam o exame. O delegado Geral da PC-PR, Silvio Jacob Rockembach afirma que o concurso está mantido e uma nova data para aplicação das provas deve ser agendada, pois há déficit de profissionais na Polícia Civil.
O delegado afirma que a Polícia Civil do Paraná só foi informada sobre a suspensão por meio do comunicado postado no site do Núcleo de Concursos. Ou seja: não houve contato prévio com a PC antes da decisão pela não realização da prova. Segundo ele, as informações que foram trocadas entre o Núcleo e a Polícia, antes da publicação do comunicado, indicavam que tudo estava sob controle, seguindo recomendações do Ministério Público e de controle sanitário. Rockembach diz que no sábado (20) visitou pessoalmente a Universidade.
O governo deve entrar com processo administrativo por quebra de contrato contra o NC-UFPR. Além de indenização, o processo pode gerar o impedimento do Núcleo de fechar contratos com o Governo do Estado. O Controlador Geral do Estado, Raul Clei Coccaro Siqueira, destaca que o estado vai acompanhar o caso para identificar os responsáveis pelas falhas.
Em nota, a Universidade Federal do Paraná afirma que “de modo imediato está reestruturando e substituindo a coordenação do Núcleo de Concursos”. Segundo a instituição, nas 24h antes do horário de realização da prova, “deparou-se com problemas de logística inesperados e insuperáveis no que toca a alguns itens de segurança imprescindíveis, como, por exemplo, no recebimento dos termômetros para medição de temperatura dos candidatos na entrada dos locais de prova que foram exigidos pelo Ministério Público e Defensoria Pública da União e do Estado”.
Reportagem: Ana Flavia Silva e Fernanda Scholze
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