Gente que quer se apresentar encontrando gente que quer contratar espetáculos. Esse foi o espírito da Rodada de Conexões, iniciada nesta terça-feira (4), na sala de eventos do campus Santos Andrade da Universidade Positivo. É a primeira vez que o Festival de Curitiba promove a união entre contratantes e prestadores de serviços na área cultural. De certa forma, é o Festival ajudando a realizar outros festivais mundo afora. 

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A diretoria do Festival de Teatro, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), promoveu a primeira rodada de negócios culturais envolvendo o Festival. A gestora Fabíula Passini, que faz parte da coordenação e realização do evento, conta que os programadores – empresários responsáveis por procurar novos espetáculos para seus teatros – vieram de diversos países. “Quando a gente fala que o Fringe é uma vitrine, devemos nos perguntar quem são estas pessoas”, afirmou a gestora.

A dinâmica continua amanhã (5), na sede das companhias, que apresentarão show cases, prévias de seus espetáculos, para os programadores. Na quinta-feira (6), o evento encerra com mais uma rodada de negócios, na Universidade Positivo da Santos Andrade, com a participação de novos grupos teatrais.

“Houve uma pré-seleção de 42 companhias de teatro que participaram da Mostra Fringe, durante o Festival de Curitiba”, conta Giovana Soar, coordenadora responsável por convidar os representantes culturais para a rodada. Ela ressalta que os curadores e os artistas responderam um questionário que foi relacionado aos interesses mútuos de cada um. “Um programador que tem interesses em peças infantis poderá ter o contato com o artista que trabalha com este público”, completou. 

Kenny Rogers, coordenador do coletivo independente Trupe Periferia, esclarece que o evento é uma possibilidade de divulgar seu trabalho para outros estados. “É uma oportunidade para conhecer novas pessoas”, contou o ator. Para ele, a dinâmica é nova, mas positiva. “Foi divertido!”.

O representante do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Victor Hugo Domingues, acredita que a rodada é uma oportunidade única para produtores culturais de Curitiba e de todo Brasil para encontrarem curadores de arte. “Este é o primeiro passo de uma relação de potencial de crescimento”, enfatizou o profissional. Ele esclarece que a proposta vai além do cenário cultural brasileiro. “Não há inovação sem a economia criativa forte”, completou.

Por Jane Lima e Luiz Felipe Caldarelli, estudantes de jornalismo da Universidade Positivo, em parceria com a BandNews FM Curitiba