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Caso Daniel: Brittes é condenado a 42 anos de prisão

Allana e Cristiana também foram condenadas. Outros quatro acusados foram absolvidos.

 Caso Daniel: Brittes é condenado a 42 anos de prisão

Crédito: Rádio BandNews

O julgamento do caso do jogador Daniel Correa Freitas terminou nesta quarta-feira (20), após três dias de duração.

No banco dos réus estavam, além da família Brittes (Edison, Cristiana e Allana), David Willian Vollero Silva; Eduardo Henrique Ribeiro da Silva; Ygor King; e Evellyn Brisola Perusso.

Como o júri decidiu a sentença de cada um dos réus no caso Daniel:

  • Edison Brittes foi considerado culpado por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menores e coação no curso do processo; condenado a 42 anos, cinco meses e 24 dias de reclusão e dois anos, um mês e oito dias de detenção.
  • Cristiana Rodrigues Brittes foi considerada culpada por fraude processual e por corrupção de menores; condenada seis meses de detenção e um ano de reclusão em regime aberto.
  • Allana Brittes foi considerada culpada por fraude processual, corrupção de menores e coação no curso do processo; condenada a nove meses e dez dias de detenção e seis anos, cinco meses e seis dias de reclusão. A defesa da Allana pediu para recorrer em liberdade ou progressão do regime, mas não atendida pois, segundo o juiz, a decisão do júri é soberana.
  • David Willian Vollero Silva foi absolvido; ele é marido de Allana e foi inocentado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, sem possibilitar defesa da vítima e meio cruel), além do crime de ocultação de cadáver.
  • Eduardo Henrique Ribeiro da Silva foi absolvido; ele foi inocentado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, sem possibilitar defesa da vítima e meio cruel), além do crime de ocultação de cadáver.
  • Ygor King foi absolvido; ele foi inocentado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, sem possibilitar defesa da vítima e meio cruel), além do crime de ocultação de cadáver.
  • Evellyn Brisola Perusso absolvida; ela havia sido acusada de fraude processual.

Em todos os casos, ainda cabe recurso.

Veja também:

Como é determinada a sentença de um júri?

Depois de finalizados os debates, os sete jurados votam secretamente O juiz, então, acompanha a decisão da maioria e determina, na sequência, qual a pena cabível para cada um dos acusados. A decisão final é de acordo com as circunstâncias admitidas pelo Conselho de Sentença.

O julgamento

O julgamento, que aconteceu no Fórum de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, começou na última segunda-feira (18). No primeiro dia, Cristiana e Edison Brittes foram dois dos onze ouvidos. A sessão foi suspensa pelo juiz Thiago Flores por volta das 22h40.

Já na terça-feira (19), foi a vez de Ygor King, David Willian Vollero e Eduardo Henrique Ribeiro da Silva serem ouvidos. Os três estavam na residência no dia do crime e chegaram a ser presos durante a investigação do caso. Em novembro de 2018, os três rapazes foram liberados da prisão, porém, Eduardo da Silva se envolveu em outro crime e permanece detido.

O depoimento de Eduardo foi o mais curto e durou pouco mais de trinta minutos. Ao contrário de Ygor e David, Eduardo relatou que ouviu gritos do atleta no momento em que ele era assassinado, na estrada rural da Colônia Mergulhão, onde o corpo foi encontrado. Os outros dois réus não detalharam o momento da morte.

Depois disso, acusação e defesa tiveram, cada uma, duas horas e meia para o debate, que envolve fazer discursos e pontuar os argumentos. O julgamento foi interrompido no início da noite.

Na manhã desta quarta-feira (20), o Ministério Público abriu o julgamento com a réplica. O juiz Thiago Flores precisou intervir após uma discussão entre a defesa dos acusados e a promotoria. Os advogados se sentiram ofendidos pelas falas do promotor e iniciaram uma discussão. Então, o magistrado determinou que a réplica não poderia ser interrompida. Anteriormente, as partes entraram em acordo para que a duração da réplica e da tréplica fosse reduzida de duas horas e meia para uma hora.

Na sequência, a mãe do jogador Daniel, Eliana Aparecida Correia, deixou o fórum de São José dos Pinhais. A promotoria apresentou uma série de imagens feitas pela polícia na época em que o corpo da vítima foi encontrado na zona rural do município. Emocionada, ela pediu para não falar com a imprensa. Eliana tinha o voo de volta marcado para uma hora da tarde.

A vinte minutos de acabar a tréplica, uma nova discussão entre acusação e defesa. Desta vez, a plateia chegou a aplaudir a fala da acusação, o que levou, novamente, para uma intervenção do juiz Thiago Flores. Ele destacou que o local não era um ambiente esportivo.

Após a tréplica, os jurados tiveram que responder a 140 questões que levaram à sentença.

Relembre o caso Daniel

O jogador Daniel Corrêa Freitas, de 24 anos, foi encontrado morto em 27 de outubro de 2018, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele estava parcialmente degolado e com o órgão genital cortado. O crime aconteceu depois da festa de aniversário de 18 anos da filha de Edison Brittes, Allana, na noite de 26 de outubro de 2018, na qual também estava Daniel, em uma casa noturna de Curitiba.

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Mirian Villa

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