Roberto Soriano, conhecido como “Tiriça”, foi condenado na madrugada desta sexta-feira (25) a mais de 31 anos de prisão pelo assassinato da psicóloga Melissa de Almeida Araújo. Após 12 dias de júri popular, o conselho de sentença reconheceu o réu como o mandante do crime. Segundo o Ministério Público, Soriano é integrante do PCC e considerado o segundo na hierarquia da facção criminosa. No entanto, ele foi absolvido da acusação de participação em organização criminosa.

Melissa de Almeida trabalhava na Penitenciária de Catanduvas, na região oeste do Paraná. O inquérito da Polícia Federal concluiu que a morte dela foi encomendada pelo PCC como um ato de vingança aos agentes penitenciários e como uma tentativa de intimidação aos servidores que atuavam no presídio de segurança máxima.

O crime aconteceu em 2017, em Cascavel, também na região oeste do Paraná. Melissa de Almeida Araújo foi morta a tiros quando chegava na casa onde vivia. Ela estava acompanhada do marido, que é policial civil, e de um filho do casal, que na ocasião era um bebê de 10 meses.

Veja mais:

• Praça Osório é interditada após transtornos causados pela chuva

O advogado de Roberto Soriano destaca que o réu foi absolvido da acusação de tentativa de assassinato de Rogério Ferrarezzi, marido da psicóloga. O júri também não considerou o réu culpado por participação em organização criminosa. Segundo o advogado Cláudio Dalledone Júnior, a defesa vai recorrer contra a condenação pelo mando do assassinato:

O Tribunal do Júri começou a julgar o Caso Melissa no dia 15 de agosto. Foram ouvidas diversas testemunhas de defesa e acusação, entre elas o policial civil que sobreviveu ao atentado a tiros e o delegado da Polícia Federal responsável pelas investigações. O julgamento foi conduzido pela 13.ª Vara Federal em Curitiba. O Ministério Público Federal também deve recorrer da decisão.

Reportagem: Angelo Sfair