O espetáculo se inicia com um curto trecho de Hamlet e logo caminha pelo universo de Rei Lear, Sonhos de uma noite de verão, Otelo, A tempestade e Macbeth. Além da atuação minuciosa do elenco, a trama conta ainda com o narrador, Roger Bortolan, que introduz e explica as cenas que serão interpretadas.

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Roger, além de narrar e dirigir, ainda atua na peça, dando vida a uma pequena cena de comédia que alivia as tensões trazidas pelo espetáculo. O diretor compartilha a dificuldade que existe em administrar tantas funções ao mesmo tempo e enfatiza que o teatro é seu lugar de refúgio. E afirma que, apesar da correria, não saberia ser outra coisa que não ator e diretor.

Brendon Dupac e Mirela Monteiro que interpretam, respectivamente, Otelo e Lady Macbeth dividem do mesmo sentimento de dificuldade. Ambos explicam que se sentiram desafiados pelos seus personagens, por possuírem uma enorme distância tanto do físico quanto do emocional dos mesmos. O ator ainda enfatiza que mesmo com as dificuldades impostas, se sente “nas nuvens” por poder interpretar um personagem de Shakespeare, pois é com esses desafios que se é capaz crescer e evoluir.

Por fim, dentre tanto drama e suspense, Celso Medeiros (ator de Macbeth) esbraveja: “A vida é apenas uma sombra ambulante. Um pobre ator que se empavona e se agita sob o palco por uma hora, sem que se quer seja ouvido, é uma história contada por idiotas cheia de som e fúria, que significa, absolutamente nada.”

Informação: Laura Zanoni Oening, estudante de jornalismo da Universidade Positivo, em parceria com a BandNews FM Curitiba