Conselho de Ética começa a investigar caso Maria Letícia
Cabe ao colegiado definir uma possível punição, que pode ser até perda de mandato
O Conselho de Ética da Câmara de Curitiba define na quarta-feira (24) quem serão relator e vice-relator do caso Maria Letícia (PV). Cabe ao colegiado investigar todo o processo e definir uma possível punição, que pode ser até perda de mandato. A parlamentar é ré na Justiça por embriaguez ao volante e desacato. Em novembro de 2023 ela bateu o carro que dirigia em um veículo estacionado, no Centro de Curitiba. Segundo a Polícia Militar, ela tinha sinais de embriaguez. O presidente do conselho, Dalton Borba (PDT), explica que na prática o processo contra a vereadora no Legislativo começa do zero.
Ao todo, o conselho tem 90 dias para concluir o caso. O prazo começa a correr a partir da notificação formal da vereadora, que deve ocorrer no início dessa semana. Testemunhas e a própria parlamentar devem ser convocados. Em reunião entre os membros da mesa diretora na sexta-feira (19), a vereadora se manifestou e voltou a dizer que não ingeriu bebida alcoólica, mas sim estaria sob o efeito de fortes medicamentos.
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Maria Letícia pediu que o relatório médico apresentado por ela volte a ser considerado como peça de prova no processo e que especialistas analisem a situação. Questionado se provas apresentadas pela polícia e Ministério Público no processo criminal poderiam ser usadas pelo conselho, Borba disse que tudo pode ser levado em consideração, inclusive, o laudo médico que tratou da doença autoimune de Maria Letícia.
Procurado, o gabinete da vereadora voltou a reforçar o último posicionamento sobre o caso em que reforça que vai realizar a “defesa diante do Conselho de Ética, onde espera que os fatos sejam elucidados e tudo seja resolvido dentro da legalidade”.
Reportagem: Leonardo Gomes