O corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luis Felipe Salomão, chegou em Curitiba nesta sexta-feira (16). A presença dele seria para dar continuidade a auditoria, chamada de correição extraordinária, realizada na 13ª Vara Federal desde o dia 31 de maio.

O procedimento, determinado por Salomão, acontece devido a existência de diversas reclamações disciplinares contra magistrados da vara e do colegiado. A auditoria também abrange gabinetes de desembargadores da 8ª turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre.

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Na vara da Lava Jato são inspecionados a juíza substituta Gabriela Hardt, que está à frente do juízo, o ex-juiz e atual senador Sérgio Moro (União), que esteve à frente da Lava Jato, e o juiz Eduardo Appio, afastado após denúncia do desembargador Marcelo Malucelli. O desembargador acusa Appio de ter feito uma ligação em tom de ameaça para o filho dele, João Eduardo Malucelli, sócio de Sérgio Moro em um escritório de advocacia. Malucelli, que é do TRF-4, também é alvo da auditoria.

Ele é autor da decisão que restabeleceu a prisão preventiva do advogado Rodrigo Tacla Duran em abril. Vale ressaltar que o Supremo Tribunal Federal havia suspendido as ações penais contra Duran. Depois desse episódio o magistrado se declarou suspeito para atuar nos processos que envolvem Duran e a Lava Jato.

Os magistrados responsáveis pela auditoria são o juiz federal Cristiano de Castro Jarreta Coelho, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, e o desembargador federal Carlos Eduardo Delgado, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

Até o momento o CNJ não informou os nomes das pessoas ouvidas na correição. Também não foi divulgado nada com relação aos documentos vistoriados. Assim que o trabalho for concluído, o ministro Salomão vai receber um relatório detalhado de tudo que foi apurado. Ainda não há previsão de quando esse documento será entregue ao corregedor.

Informações: Vanessa Fontanella