A crise que atinge principalmente a economia brasileira chega às festas de fim de ano com uma quebra de 70% nas reservas de espaços para confraternizações de empresas. Pelo menos é isso o que afirma a Abrabar, a Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas do Paraná. De acordo com a entidade, em tempos como este de contenção de despesas, reestruturação de empreendimentos e prioridades de investimentos, as incertezas são uma constante nos ambientes de trabalho. E isso acaba contribuindo para a desaceleração de encontros e/ou comemorações. Quem explica é o presidente da associação, Fábio Aguayo.

Nem mesmo a oferta de atrativos diferentes tem sido suficiente para sensibilizar o público. Tanto que os comerciantes do setor alimentício da região do bairro São Francisco, por exemplo, no Centro Histórico de Curitiba, anunciaram vários pacotes promocionais – o que não significa necessariamente que a má fase vai embora de vez. Ao menos oito estabelecimentos estão com descontos especiais, e o mesmo acontece entre em alguns bares e restaurantes da rua Itupava – outra via da capital famosa pela agitação noturna.

O resultado imediato da baixa procura é uma grande redução no volume de contratações temporárias para o período de fim de ano e até mesmo para reposição de mão de obra. E as dificuldades não param por aí, já que 2016 já se configurou como um dos anos com o maior número de empresas encerrando as atividades – em torno de 30%.

A esperança do setor é a de que, a partir do segundo semestre de 2017, a situação comece a melhorar.