Curitiba: risco de sobrecarga no SUS com mototáxis é discutido
Vereadores temem que liberação do serviço aumento o número de acidentes de trânsito na cidade
Os riscos de uma sobrecarga no Sistema Único de Saúde (SUS) caso ocorra a liberação do serviço de mototáxi em Curitiba devem ser apresentados nos próximos dias à Câmara Municipal. O relatório a ser elaborado pela prefeitura deve responder a questionamento de vereadores que integram a Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização do Legislativo.
Reunidos nesta semana, os vereadores discutiram a viabilidade do transporte de passageiros em motocicletas de aluguel, a partir da tramitação da proposta do vereador Zezinho Sabará (União), que tem por objetivo autorizar e regulamentar o serviço.
Apesar do projeto ter sido inspirado em outras cidades em que o serviço já funciona e é aprovado pelos cidadãos, vereadores temem que a modalidade de transporte aumente a insegurança nas ruas.
Em parecer acatado pelos demais membros da Comissão de Economia, o vereador Bruno Pessuti (Pode) alertou para as questões relacionadas à segurança no trânsito, especialmente em relação às motocicletas.
Pessuti argumenta que, para uma análise baseada em dados concretos, são necessárias mais informações. Desta forma, ele solicitou que a Prefeitura de Curitiba apresente um relatório técnico de impacto financeiro ao sistema de saúde municipal em decorrência dos acidentes com motocicletas no ano passado.
O ponto-chave para liberar o mototáxi em Curitiba é a alteração de duas leis municipais em vigor: uma de 2012, que regulamenta o serviço de táxi na cidade, e outra de 2006, que trata do motofrete.
Na primeira norma, seria modificada a redação autorizando “os serviços de transporte remunerado de passageiros, por meio de motocicletas, sob respectiva licença”. Na outra lei, o substitutivo pretende revogar o trecho que hoje veda o transporte remunerado de passageiros.
Reportagem: Leonardo Gomes.