Em greve, petroleiros protestam contra fechamento de fábrica de fertilizantes em Araucária, na RMC,

 Em greve, petroleiros protestam contra fechamento de fábrica de fertilizantes em Araucária, na RMC,

(Foto: divulgação/FUP)

(Foto: divulgação/FUP)

Petroleiros protestam desde o início da manhã, em frente à Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, na região metropolitana de Curitiba. A manifestação faz parte das atividades da greve nacional contra o fechamento e as demissões de 396 funcionários da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), que pertence à Araucária Nitrogenados S.A. (Ansa), subsidiária da Petrobras.

Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), as demissões ferem Acordo Coletivo de Trabalho, que determina a negociação prévia de qualquer demissão em massa, o que não ocorreu. Por outro lado, a Petrobras nega que tenha descumprido o acordo e considera o movimento grevista “descabido”. Além dos protestos no Paraná, outros estados registram atos nesta segunda-feira (3). No Rio de Janeiro, desde a sexta-feira (31) petroleiros manifestam em frente à sede da Petrobras.

Segundo o diretor da federação, Gerson Castellano, uma comissão composta por cinco membros da FUP está na estatal dispostos a negociar os desligamentos da Fafen-PR.

A federação prevê ainda prejuízos econômicos para a região. Dados apresentados pelo Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Zé Eduardo Dutra) indicam que os empregos diretos e indiretos movimentam cerca de R$ 75 milhões por ano em Araucária.

Os funcionários da fábrica se manifestam há duas semanas, desde que a Petrobras anunciou o encerramento das atividades da fábrica. Segundo a Petrobras, o encerramento das atividades da fábrica em Araucária é decorrente de prejuízos acumulados nos últimos anos e da previsão pessimista para este ano. Por meio de nota, a estatal afirmou ainda que vem atuando para garantir o acesso normal às unidades e o revezamento de turnos dos profissionais já que as atividades da companhia são consideradas serviços essenciais.

Íntegra da nota da Petrobras:

A Petrobras reafirma seu respeito às negociações coletivas e ao diálogo nas relações trabalhistas, quando preenchidos todos os requisitos definidos na legislação. Em relação ao movimento grevista iniciado no dia 01/02 em algumas unidades, a companhia reitera que considera descabidas as justificativas apresentadas pelos sindicatos, uma vez que todos os compromissos firmados na negociação do Acordo Coletivo de Trabalho vigente vêm sendo integralmente cumpridos.

Reforçando o compromisso da companhia com a segurança operacional, o respeito às pessoas e ao meio ambiente, a Petrobras considera relevante prestar esclarecimentos sobre seus direitos e obrigações no cenário atual.

Considerando que as atividades da companhia são serviços essenciais para a sociedade, conforme parâmetros da legislação, é dever da Petrobras, de seus empregados e, também, das entidades sindicais garantir que a produção siga ocorrendo, em condições seguras, nas nossas unidades.

A Companhia vem atuando para garantir o acesso normal às unidades e o revezamento de turnos dos seus profissionais, ainda que se faça necessária a busca da Justiça, para fazer valer seus direitos, tendo obtido decisões liminares que garantam a continuidade e a segurança das operações. É válido lembrar que a companhia respeita integralmente todas as decisões da Justiça e espera o mesmo comportamento dos sindicatos que representam a categoria dos petroleiros, e também de seus empregados.

A Companhia destaca que todas as medidas previstas nos padrões da empresa e na legislação trabalhista serão aplicadas quando cabíveis. Ressaltamos a imperatividade do cumprimento dos contratos de trabalho e da garantia das condições adequadas de operação. Destacamos que, até o momento, nossas unidades seguem operando dentro dos padrões de segurança, com acionamento de equipes de contingência quando necessário.

A Petrobras reitera que considera o atual movimento grevista em algumas de nossas unidades injustificado, uma vez que o ACT foi assinado por todos os sindicatos em novembro de 2019 e as negociações previstas estão seguindo curso normal. Portanto, os motivos alegados não atendem aos critérios legais. Reforçamos que, em todos os itens apontados pelas entidades sindicais, a companhia vem cumprindo rigorosamente os compromissos firmados e segue aberta para dialogar com as entidades, nos termos e prazos acordados no Tribunal Superior do Trabalho durante a negociação do ACT vigente.

A Petrobras repudia toda e qualquer iniciativa que implique em uso de violência e desrespeito ao direito da propriedade.

Reportagem: Leonardo Gomes/ Lenise Klenk/Angelo Sfair

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