Em resposta a pedido de transferência, Cunha pede para continuar detido na PF até fevereiro
A defesa do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) pede para que o réu permaneça detido na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba pelo menos até o próximo dia 7 de fevereiro, quando o ex-presidente da Câmara será interrogado pelo juiz federal Sérgio Moro.
Na segunda-feira (12), os delegados haviam pedido autorização para transferir três presos para o Complexo Médico-Penal (CMP), que fica em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Além de Cunha, a Polícia Federal (PF) pede autorização para remover o ex-tesoureiro do PP João Cláudio Genu e o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro para o presídio estadual.
Os delegados argumentam que a capacidade da superintendência está perto do limite, e por questões de segurança seria necessário liberar algumas vagas. Sérgio Moro negou a transferência de Léo Pinheiro, mas pediu a opinião do Ministério Público Federal (MPF) sobre o caso dos outros dois investigados. A Procuradoria da República não se opôs à remoção de Cunha e Genu para o CMP.
O juiz federal Sérgio Moro tem atendido com frequência os pedidos de transferência de presos custodiados na Polícia Federal. Segundo o magistrado, o Complexo Médico-Penal “vem atendendo satisfatoriamente as condições de custódia dos presos provisórios”. Moro ainda argumenta que “pelo que foi verificado anteriormente, ficarão em ala reservada, com boas condições de segurança e acomodação”.