No “primeiro momento” da transição para a empresa que vai fazer a operação emergencial do ferry boat de Guaratuba, no Litoral do Paraná, o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado (DER), Fernando Furiatti, sugeriu que “os usuários devem buscar um caminho alternativo”. Ele confia que o “transtorno inicial” vai ser “passageiro” e logo o tráfego entre Caiobá e Guaratuba vai poder ser feito com “segurança”. O DER anunciou, nesta quarta-feira (09), que a empresa Internacional Marítima vai ser responsável pela operação do ferry boat, de forma emergencial, por seis meses, até que uma nova licitação seja aberta. O Governo defende que a companhia tem mais de 30 anos de mercado e é a mesma que faz a travessia entre Salvador e a Ilha de Itaparica, na Bahia.

A nova operadora assume os serviços imediatamente.

O diretor-geral do DER reconhece que “haverá um transtorno, no primeiro momento”, mas confia que a nova operação vai trazer benefícios aos usuários.

O valor da tarifa vai ser mantido em oito reais e 90 centavos. Inicialmente, a companhia vai operar com os três ferry boats do Estado, além de uma balsa extra que já está disponível. A promessa é de contratar novas embarcações. O Governo diz que ela vai fazer a operação e ainda investimentos na travessia. Os funcionários atuais devem ser mantidos.

O contrato que estava em vigor tinha sido assinado em abril, com operação de dez anos. A qualidade do serviço foi se deteriorando, até chegar ao afundamento de um atracadouro, o que motivou uma ação judicial por parte do Estado.

Semana passada, o governador Ratinho Júnior chegou a dizer que não seria possível “trocar de empresa em pleno verão”. Agora, o Governo diz que a troca emergencial tem o aval da Controladoria-Geral do Estado. A travessia de ferry boat é operada historicamente por uma empresa privada. Os serviços são fiscalizados pelo DER, desde a compra do bilhete até o desembarque. A Marinha também faz a inspeção periódica das balsas. Com os problemas constantes, desde a assinatura do contrato, um processo administrativo contra a concessionária foi aberto, em setembro.

Já está em andamento, o Estudo e o Relatório de Impacto Ambiental para a construção da Ponte de Guaratuba. Esse documento analisa os três traçados mais viáveis apontados para a obra. A expectativa é que o Estudo seja finalizado ainda neste ano. O Governo diz que a ideia é abrir a concorrência para a Ponte por meio do Regime Diferenciado de Contratações. Nesse sistema, a empresa vencedora da licitação pode elaborar os projetos básico e executivo. O Estado alega que isso “destrava a administração direta”.

Reportagem: Cleverson Bravo