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Mirian Gasparin

Essa também é opção para pequenos investidores terem uma renda extra.

 Energia compartilhada é solução para clientes de baixa tensão

Foto: Pixabay

Tudo o que possa representar uma economia no fim do mês é bem visto pelo público consumidor. E quando se trata da conta de energia elétrica, uma redução é ainda mais importante, seja para empresas ou residências. Uma alternativa que vem ganhando espaço entre os consumidores que gastam mais de R$ 300 com energia elétrica, é a energia compartilhada que permite uma economia de até 20% na conta de luz, sem que seja preciso instalar qualquer equipamento.

Eu conversei com o presidente da Cogecom, que é a maior cooperativa de energia do Brasil, Roberto Corrêa, e ele me explicou que embora a geração compartilhada tenha sido regulamentada em 2015, somente nos últimos dois anos o mercado deslanchou. O maior desafio, segundo o executivo, foi construir o entendimento do que era uma cooperativa de geração distribuída compartilhada e de que forma essa energia seria distribuída para os cooperados. Outra barreira foi mudar a mentalidade dos pequenos consumidores de energia, que pensavam que este mercado era somente para os grandes consumidores.

Roberto Corrêa me disse que em 2022 menos de 20% do mercado conhecia o termo energia compartilhada, hoje mais de 50% do mercado já teve algum tipo de contato ou checagem com a energia compartilhada. O presidente da Cogecom faz questão de destacar que a energia compartilhada não é tratada mais como uma desconhecida e representa, hoje, uma solução única para os consumidores de baixa tensão no mercado.

Também os conceitos de conhecimento e avaliação do setor evoluíram desde que a energia compartilhada chegou ao mercado. Por isso, na avaliação do executivo, é preciso se diferenciar da concorrência, que é grande, uma vez que o cliente produtor e o cliente consumidor buscam excelência de atendimento e relacionamento comercial.

Sim! O presidente da Cogecom me disse que só a cooperativa acumula crescimento de 600% desde 2022. Para este ano, a expectativa é terminar o ano com 80 mil unidades consumidoras, ou 30 mil a mais. A maior cooperativa de energia compartilhada do Brasil, com mais de mil unidades produtoras, está presente em oito estados, sendo que o Paraná representa 50% da sua carteira.

Na avaliação de Roberto Corrêa, o crescimento da geração distribuída e compartilhada nos últimos anos no Brasil é algo sem precedentes no mundo.

Por fim, o presidente da Cogecom destaca que a geração compartilhada está permitindo que os pequenos consumidores tenham a oportunidade de investir num mercado que, até então, era limitado para poucos. A cooperativa traz justamente a oportunidade de investidores participarem do setor de energia, aplicando em projetos menores até então inexistentes no mercado do Brasil.

Mirian Gasparin

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