Falta de doses orais contra poliomielite preocupa médicos
O Ministério da Saúde encontra dificuldades em comprar as vacinas contra a paralisia infantil
A falta de doses orais contra a poliomielite preocupa a comunidade médica. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, o Ministério da Saúde encontra dificuldades em comprar as vacinas contra a paralisia infantil. Desde abril, os municípios paranaenses enfrentam o desabastecimento dos imunizantes. A aposentada Ana Berthier é cadeirante, em decorrência da poliomielite. Na infância dela, o calendário vacinal não incluía essa prevenção.
Ana faz um alerta que a poliomielite vai além da paralisia ao longo da vida.
A doença foi erradicada no Brasil na década de 1990. A situação é exclusivamente da vacina oral, indicada para crianças de 15 meses a quatro anos de idade, como dose de reforço à imunização injetável. Este é aplicada aos dois, aos quatro e aos seis meses de idade e está com o acesso normalizado. Para o médico infectologia Bernardo Almeida, há um risco que a população infantil não tenha acesso ao reforço.
O médico destaca as consequências neurológicas da doença.
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De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, o estado não recebeu nenhum lote da vacina oral em abril e, em maio, teve um número reduzido, que não é o suficiente para atender todas as regionais. A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba afirma que o acesso às vacinas na capital está normalizado.
Reportagem: Larissa Biscaia