Durante um ato pela paz, realizado por amigos e familiares de Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, o irmão do tesoureiro petista voltou a dizer que o homicídio foi “um ato político”. Luiz Donizete fez um discurso durante o evento inter-religioso, lembrando o irmão e pedindo que as diferenças sejam respeitadas.

A hipótese de crime de ódio com motivação política foi afastada pela Polícia Civil, com base no depoimento da esposa do atirador. A tese, no entanto, é contestada pela defesa e familiares de Arruda. Ele foi morto durante a festa de aniversário de 50 anos, que aconteceu no último sábado (09) e tinha como decoração o Partido dos Trabalhadores. O autor do crime foi o policial penal federal Jorge José Rocha Guaranho. Segundo o inquérito policial, Guaranho teria ido até o local para provocar Marcelo por causa de questões políticas. Mas, ao retornar armado e disparar contra o petista, as motivações seriam outras – e estariam relacionadas ao acirramento da discussão inicial. Donizete reafirmou o pedido de condenação de atos de violência.

O Ministério Público do Paraná informou, por meio de nota, que a partir do recebimento do Inquérito policial, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) analisará o processo e trabalhará no oferecimento da denúncia, dentro do prazo legal. Nesta segunda-feira estarão em Foz do Iguaçu integrantes da Comissão Parlamentar da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para acompanhar as investigações.