Após ser acusado injustamente por roubo, um morador de Cascavel, preso há quatro meses, foi solto. O crime aconteceu em 2007, com uma moto que estava no nome dele. Na época, duas pessoas assaltaram uma relojoaria em Pato Branco, na região sudoeste, e levaram itens avaliados em um milhão de reais. No entanto, ele havia vendido a motocicleta e o comprador não oficializou a transferência. A partir do registro da moto, a polícia incluiu o homem entre os suspeitos e utilizou uma foto dele no reconhecimento feito pelas vítimas.

O defensor público Giovani Rosa, responsável pelo caso, destaca que a investigação teve uma série de irregularidades. Por exemplo, os criminosos estavam de capacete durante o caso, o que dificultaria o reconhecimento por fotografia.

A Defensoria apresentou recibos de venda da moto antes da data do crime. Além disso, no dia do roubo, o homem estava no casamento da irmã no município de Cascavel, a 232 quilômetros de distância de Pato Branco.

O mandado de prisão estava aberto desde 2011, quando a Justiça aceitou a denúncia contra ele. Por medo de ser preso, ele se afastou do trabalho e da família.

Em maio de 2024, o homem foi localizado em uma abordagem da polícia, em Curitiba. Ele foi absolvido com a ajuda da Defensoria Pública do Estado do Paraná.

Reportagem: Larissa Biscaia