IAT apura vídeo gravado por Secretário em trilho do trem
O trecho do trilho do trem não faz parte da trilha do Caminho do Itupava
O autor do vídeo que foi gravado no trilho do trem, na Serra do Mar, em Morretes, pode ser multado por crime ambiental. O vídeo foi feito em um local em que é proibida a passagem de pedestres, conforme explica o Diretor de Patrimônio Natural, do Instituto Água e Terra, Rafael Andreguetto
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Genildo Pereira Carvalho, secretário de Governo de Araucária, foi quem gravou o vídeo no último final de semana, quando foi fazer o Caminho do Itupava, mas ele desviou da trilha original e foi pelo trilho do trem que é um trecho em que não há espaço seguro para passagem de pedestres. Ele conta que o caminho é percorrido por muitas pessoas, que não sabia da proibição e alerta para a falta de sinalização.
O caminho do Itupava é histórico, foi aberto por indígenas e mineradores entre 1625 a 1650 e além da paisagem da Serra existem alguns casarões antigos que também podem ser visitados. O grande diferencial entre o caminho do trilho do trem e a trilha convencional é a vista, mas o Bruno Bezerro de Souza, que é guia e proprietário de uma empresa de ecoturismo, alerta para os perigos do caminho da linha férrea.
O Instituto Água e Terra libera a travessia dentro do Caminho do Itupava desde que as pessoas assinem um Termo de Conhecimento de Risco, em razão do elevado grau de dificuldade, por isso a orientação é para ir com guias, conforme explica o Diretor do IAT, que diz ainda sobre a depredação das placas de sinalização.
Neste caso, o autor do vídeo será notificado pelo IAT, para prestar esclarecimentos, e pode receber uma multa por crime ambiental contra uma unidade de conservação e a multa varia de R$500 a R$50 mil de acordo com a gravidade do ato.
Reportagem: Francine Lopes