As obras de revitalização da Orla de Matinhos não impactaram, até o momento, a fauna marinha do litoral paranaense. É isso que defende o Instituto Água e Terra, em um trabalho de monitoramento da região, feito pelo Projeto Básico Ambiental, em parceria com o Consórcio DTA/Acquapaln, que é o responsável pelos trabalhos na região. Desde o início das obras, foram avistados 4 mil 287 animais, de 36 espécies. Segundo o biólogo do Setor de Fauna do IAT, Lucas Azevedo, o monitoramento é fundamental.

A coleta de dados é feita por meio do Programa de Monitoramento de Tetrápodes, iniciativa que acompanha os mamíferos marinhos. O objetivo é identificar o comportamento dos animais e verificar os impactos das obras. Segundo a oceanógrafa do consórcio vencedor da licitação, Thelma Scolaro, a Baía de Paranaguá abriga uma das maiores populações de botos-cinza do Brasil.

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O programa faz três tipos de monitoramento: embarcado, terrestre e aéreo. No primeiro, a equipe navega em dois sentidos, da praia de Caiobá, em Matinhos, até o balneário de Praia de Leste, em Pontal do Paraná, e do Balneário Flamingo até as proximidades da Ilha Itacolomi, ambos em Matinhos. No monitoramento terrestre, o percurso é feito repetidas vezes entre a Praia de Caiobá e a Praia de Leste, em Pontal. Por fim, o aéreo é feito com o sobrevoo de drones na área marinha.

Reportagem: Larissa Biscaia