Influencers são investigados por fazer rifas ilegais
Grupo teria movimentado cerca de R$ 25 milhões no ano passado
Um grupo de influenciadores digitais suspeito de movimentar R$ 25 milhões com rifas ilegais é investigado pela polícia.
Seis mandados de busca e apreensão são cumpridos nos municípios de Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, Itapema (SC), Balneário Camboriú (SC) e Belo Horizonte (MG).
Segundo a Polícia Civil do Paraná, responsável pela investigação, além das rifas, os influencers são investigados por lavagem de dinheiro, associação criminosa e crime contra a economia popular.
A Justiça também autorizou o bloqueio de R$ 25 milhões na conta dos investigados. As páginas dos suspeitos nas redes sociais, além de um site onde realizavam os sorteios, foram suspensos.
Entre os itens apreendidos durante o cumprimento dos mandados estão carros, motos, jóias, documentos e um celular banhado em ouro.
Alvo mineiro
Um dos alvos da operação é o influenciador digital de Belo Horizonte, Nelio Dgrazi. Ele tem mais de 1,3 milhão de seguidores nas redes sociais. Nelio costuma publicar vídeos com manobras feitas com carros de luxo. Ele também divulga sorteios de veículos.
A reportagem tenta contato com o influenciador.
Segundo o Ministério da Fazenda, a venda de rifas só é permitida no Brasil quando são realizadas por entidades beneficentes e com objetivo solidário.
O esquema
Conforme a polícia, as rifas eram vendidas em milhares de cotas com “números da sorte” entre 1 e 9.999.999.
A investigação suspeita ainda que sorteios tenham sido fraudados para que os valores nunca saiam de dentro do grupo criminoso.
A polícia deve divulgar mais detalhes e novas informações ainda nesta terça-feira (20).
Informações: Leonardo Gomes.