Júri de Jorge Guaranho é transferido para Curitiba
Decisão é do Tribunal de Justiça do Paraná – julgamento ainda não tem data para ocorrer
É transferido para Curitiba o julgamento de Jorge Guaranho, réu por matar a tiros o tesoureiro do PT, Marcelo Arruda. A decisão da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná foi anunciada nesta quinta-feira (13), após a defesa do ex-policial penal pedir à corte que a sessão não fosse realizada em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
Segundo os advogados, a exposição midiática e a comoção gerada pelo caso na cidade, contamina a imparcialidade dos jurados, sendo impossível de ser realizado um julgamento justo. O argumento foi acolhido pelos desembargadores que acreditam que os efeitos da polarização política no caso serão atenuados, com o julgamento sendo realizado na capital.
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Neste ano, ainda em Foz do Iguaçu, o julgamento Guaranho foi adiado duas vezes. O primeiro, em 4 de abril, após a defesa do ex-policial penal abandonar plenário do Tribunal do Júri, por não concordar com a condução dos trabalhos pelo juiz presidente.
O segundo adiamento aconteceu por determinação do próprio juíz que conduzia o caso em Foz do Iguaçu, Hugo Michelini Júnior, após o pedido de mudança no local de julgamento. A sessão chegou a ser marcada para 2 de maio, mas foi cancelada logo em seguida.
Marcelo Arruda foi morto enquanto comemorava o aniversário de 50 anos com amigos e familiares. A festa tinha como tema o Partido dos Trabalhadores e o presidente Lula. Conforme as investigações, Jorge Guaranho invadiu a comemoração e iniciou uma discussão com a vítima, na sequência foi embora. Cerca de 10 minutos depois, o ex policial penal retornou ao local armado e disparou contra Marcelo.
A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. O crime completa dois anos em 9 de julho. A principal tese do Ministério Público do Paraná é que o crime teve motivação política.
O ex-policial penal Jorge Guaranho é réu por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e perigo comum. Ele está preso desde agosto de 2022, no Complexo Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Informação: David Musso