Justiça arquiva denúncia por improbidade administrativa contra Beto Richa
Ministério Público não individualizou a participação do ex-governador em um suposto esquema de corrupção
A Justiça do Paraná arquivou uma denúncia por improbidade administrativa apresentada pelo Ministério Público contra o ex-governador Beto Richa. O pedido de abertura da ação era de 2019 e estava relacionado à Operação Piloto, que denunciou um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a duplicação da PR-323, em Maringá. O arquivamento foi determinado pela 3.ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba.
Em agosto, o juiz Roger Vinicius Pires de Camargo Oliveira solicitou ao Ministério Público que detalhasse de que forma Beto Richa teria atuado no esquema. Ao oferecer a denúncia, a promotoria não tratou o comportamento do ex-governador de forma individualizada. Por esse motivo, o pedido de abertura da ação civil pública foi rejeitado e arquivado.
Em nota, Beto Richa, que atualmente ocupa o cargo de deputado federal, comemorou a decisão. Segundo ele, a denúncia do MP era uma tentativa de criminalizar a gestão pública e refletia a “perseguição orquestrada pela extinta Lava Jato”. O tucano também comentou que busca a reparação pelos danos causados pelas acusações.
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No âmbito criminal, a denúncia contra Beto Richa relacionada à Operação Piloto foi remetida à Justiça Eleitoral, em 2022, por decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF. Em uma ação paralela, o ex-chefe de gabinete de Richa, Deonilson Roldo, foi condenado a mais de 10 anos de prisão por corrupção e fraude à licitação. A acusação sustentava que a empreiteira Odebrecht pagou propinas para integrantes do governo para ser beneficiada no edital público.
Reportagem: Angelo Sfair