Justiça nega recurso de Evangélico e ex-chefe da UTI deve receber R$ 4 milhões de indenização
A médica Virgínia Soares de Souza deve receber cerca de 4 milhões de reais em indenizações trabalhistas por parte de um dos maiores hospitais de Curitiba. Isso porque o Tribunal Regional do Trabalho rejeitou um recurso da entidade e manteve a condenação que obriga a instituição a ressarcir os valores à funcionária. De acordo com a defesa da médica, ela teria trabalhado por cerca de 20 anos na UTI do hospital Evangélico sem carteira de trabalho e sem receber benefícios – como férias, décimo terceiro e FGTS.
A Justiça do Trabalho entendeu que Virgínia tinha vínculo trabalhista com o Evangélico, apesar de não ter carteira assinada. Com isso os valores como horas extras, intervalos, adicional noturno e recolhimento do fundo de garantia foram recalculados e incorporados ao valor final da indenização. Virgínia Soares de Souza foi demitida após ser acusada pela polícia de antecipar a morte de pacientes na UTI do Evangélico.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, o objetivo da médica era liberar vagas para novos pacientes. Em 2013 ela chegou a ser presa – junto a outros sete colegas. Em abril deste ano, o juiz da segunda vara do Tribunal do Juri de Curitiba, Daniel de Avellar, decidiu inocentar a médica. Para o magistrado, as provas apresentadas pelos promotores não eram conclusivas. O ministério Público do Paraná deve recorrer da decisão.