O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) acatou nesta quinta-feira (16), o recurso da defesa para a absolvição e não realização do júri popular da médica Virgínia Helena Soares e dos demais réus no caso. Ela é acusada de antecipar a morte de pacientes da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Evangélico, em Curitiba.

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Em 2017, a médica e outras sete pessoas foram inocentadas pela 2ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba. Porém, em 2021, depois da apelação do MP-PR, o Tribunal de Justiça do Paraná decidiu, por dois votos a um, que a médica deveria ser submetida ao júri popular pelo crime de homicídio doloso, mas um único voto divergente abriu caminho para o recurso que foi julgado nesta quinta-feira (16).

Com a decisão, a médica Virgínia Soares foi absolvida do processo.

Em nota, o Ministério Público informou que vai recorrer da decisão. Para o MPPR, houve a ocorrência de homicídio nesse caso. O Ministério Público ainda destacou que, além dos setes casos iniciais que desencadearam as investigações, a acusada responde pela prática de outros 82 homicídios.

Também por meio de nota, a defesa da médica, representada pelo advogado Elias Mattar Assad, enalteceu a decisão, declarando que “ainda que dez anos depois – e com destruição da carreira da médica acusada – finalmente, foi reconhecida a inexistência de fato criminoso”.

A decisão ainda cabe recurso.

Reportagem: Leo Coelho