Mesmo com a crise política que afeta os ministros do governo Temer a tendência é que o preço do dólar se mantenha estável nos próximos dias. A avaliação é de economistas ouvidos pela BandNews FM. A situação só deve ser diferente se ‘novos escândalos surgirem. Caso contrário a tendência é de estabilidade, pelo menos até o fim do ano. Mas o momento político no Brasil tem feito o preço do dólar flutuar nos últimos dias. Os desdobramentos dos casos do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero e do ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vedeira Lima fizeram com que o dólar fechasse a sexta com alta de 0,58 por cento. Mas antes do fechamento do dia, no auge da crise, ele chegou a subir mais de 2 por cento. Segundo o economista Daniel Poit, a crise política afeta o dólar porque a cada desdobramento a confiabilidade fica comprometida.

Além disso há fatores externos que contribuíram para a alta do dólar nos últimos dias. O mercado já previa alguma volatividade por causa da vitória de Donald Trump. A ata do Banco Central dos Estados Unidos também sinalizou que a taxa de juros deve subir por lá ainda nesse ano, o que pode motivar uma tendência de alta do dólar em relação ao real. No dia 11 o Banco Central precisou interferir no câmbio. Mas mesmo com a demissão de Geddel na sexta, o Banco Central fechou a semana sem fazer qualquer interferência. Segundo o economista Carlos Magno, o mercado vive uma situação de espera e de expectativa. Decisões de investimento para o longo prazo dependem das reformas e da estabilidade política.

Na semana passada o dólar subiu 0,78 por cento. Em novembro o dólar está com uma valorização de sete por cento em relação ao real.