Em meio ao feriado prolongado motoristas enfrentam congestionamento na descida para o litoral pela BR-277. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a lentidão no ponto de deslizamento de pedras interditado há um mês, na altura do km 42, provoca fila de aproximadamente 4 quilômetros. Desde 14 de outubro, os motoristas têm se revezado em quatros pistas para ambos os sentidos.

O afunilamento tem dado ‘dor de cabeça’ para motoristas antes mesmo de chegar na região da Serra do Mar. Foi o caso do empresário Sérgio Andrade que ficou 4 horas na estrada para chegar no balneário de Ipanema. Uma viagem que normalmente é feita em 1h30.

E os motoristas devem convivem com o bloqueio pelo menos mais um mês. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a situação deve ser normalizada apenas após a primeira quinzena de dezembro.

Prejuízos

Estudo feito pela Federação Empresas Transporte de Cargas do Paraná (Fetranspar) aponta que a interdição já causou um prejuízo de 34 milhões e 300 mil reais para o setor. A entidade diz que o estudo usou como comparativo uma carreta com capacidade para transportar 54 toneladas até o Litoral.

Os valores foram calculados levando em conta 25 dias e o custo por oito horas de trabalho, além do valor de uma diária de um caminhão em Paranaguá. Os prejuízos ainda consideram o aumento do tempo de viagem que os motoristas enfrentam com a interdição de uma pista na BR-277.

Em condições normais, a velocidade média de uma carreta deste porte é de 48 quilômetros por hora. Com a pista interditada, a velocidade não passa de 28 quilômetros por hora, em média.