‘O circo faz de conta’ desafios da apresentação de rua
Companhia “Gota, Pó e Poeira” participa há mais de 20 anos do Festival de Curitiba
O espetáculo “O circo faz de conta” fez sua primeira apresentação no Festival de Curitiba neste domingo (2). A peça conta a história de Seu Florisvaldo – interpretado pelo ator e diretor Carlos Ola – que se vê endividado e resolve vender o circo, o que causa preocupação nos palhaços Pirulito, Ping e Pong. No decorrer da trama, os atores interagem com o público e arrancam risadas da plateia.
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Os atores Luiz Carlos Nascimento e Matheus Soares afirmam ter sido difícil desenvolver essa mistura do teatro com o circo. “Pra ser palhaço precisa de curso, é muito diferente a atmosfera de ser ator e ser palhaço”, completa Nascimento.
O roteiro da peça foi criado para homenagear o dia nacional do circo. “São atores interpretando o papel de palhaço, mostrando a dificuldade que eles passam para o público”, explica Soares, que fez o personagem Ping.
Um dos maiores desafios do teatro de rua é a participação da plateia: “Se não tiver esse retorno do público, às vezes fica meio chato”, relata o ator Wellington Lacerda Teixeira. “O público precisa entrar na história, participar e interagir”, complementa Luiz Carlos. Ele acredita que a criação de mais projetos culturais poderia aumentar as possibilidades de trocas entre artistas e população.
A companhia de teatro “Gota, Pó e Poeira” se apresenta no Festival de Curitiba há mais de 20 anos na mostra Fringe. O diretor Carlos Ola diz que é sempre algo novo se apresentar aqui. No teatro ao ar livre, o ator sempre é pego de surpresa pelas coisas que estão acontecendo na rua e para Ola esse é o exercício do ator: lidar com os ocorridos inesperados.
Informação: Laiza Gabriella, estudante de jornalismo da Universidade Positivo, em parceria com a BandNews FM Curitiba