CuritibaDivirta-se

‘Ohlif’: espetáculo mostra problemas na relação de pais e filhos

Narrativa se passa durante diferentes épocas da vida e retrata sobre Jack, seu amigo imaginário

 ‘Ohlif’: espetáculo mostra problemas na relação de pais e filhos

Foto: Gabriella Gomes Rampazzo

A relação entre pais e filhos nem sempre é uma questão fácil de se lidar. Às vezes se torna algo tão complicado que acaba afetando a vida tanto de um filho, como de um pai. Na peça dirigida por Luan Henrique Valero, Yuri Komatsu, faz o personagem de Ohlif, contando a história da sua vida.

Veja mais:

Na obra, o personagem perdeu seu filho e está angustiado por não saber notícias dele. A narrativa se passa durante diferentes épocas da sua vida e retrata sobre Jack, seu amigo imaginário, os problemas que Ohlif teve com seu pai e a perda de seu filho.

O espetáculo fala bastante sobre o amigo imaginário de Ohlif, que sempre esteve presente na vida do rapaz. Na peça, o personagem chega a afirmar que “ele era a voz de quando tudo ficava em silêncio”. Apesar de Ohlif sofrer com seu pai e não querer ser igual a ele, a trama levanta a reflexão se o filho de Ohlif teria uma boa relação e iria gostar de passar tempo com ele.

Toda a peça se passa dentro de um pequeno retângulo de madeira, representando uma casa, com objetos como tênis infantil, livros, cadeira e lençol. Entretanto, o que mais prende a atenção do público são as expressões e o modo de falar do ator. Para o estudante de administração da UTFPR, Caleb Neves, 20 anos, o espetáculo foi “profundo! Tocou o coração de muita gente que tem o pai imperfeito”. O jovem afirma que se identificou com cenas da peça na qual a mãe se fazia mais presente que o pai.

O projeto Ohlif teve início no começo de 2021, mas só estreou no final de 2022. Ele nasceu de uma vontade do ator Komatsu de formar um grupo, começou com seu amigo imaginário e depois os temas masculinidade e paternidade vieram à tona. A primeira apresentação profissional e solo de Yuri, no Festival de Curitiba, aconteceu nesta segunda-feira, dia 3 de abril.

Informação: Gabriella Gomes Rampazzo, estudante de jornalismo da Universidade Positivo, em parceria com a BandNews FM Curitiba

Avatar

Giovanna Retcheski