Parada: responsáveis por trio são indiciados em morte de DJ
Proprietária da empresa, dois colaboradores e o motorista responderão por homicídio doloso
Quatro pessoas foram indiciadas pela morte da mulher que caiu de cima de um trio elétrico no dia 15 de novembro de 2022, durante a parada LGBTQIA+ no Centro Cívico, em Curitiba. A Polícia Civil do Paraná concluiu as investigações do homicídio de Laurize Oliveira e Ferreira, de 43 anos.
Veja mais:
A vítima estava tocando como DJ em um trio elétrico quando fios de telefonia bateram no caminhão e ocasionaram a queda de Laurize. A proprietária da empresa responsável, dois colaboradores e o motorista do trio elétrico responderão por homicídio doloso, pois não seguiram as normas e assumiram o risco de matar. Foram ouvidas 26 testemunhas e analisadas imagens de câmeras de segurança da região.
De acordo com a PCPR, após apuração dos fatos, foi constatado que o trio elétrico possuía uma altura superior à permitida pela legislação e não era autorizado o tráfego durante o evento. A empresa responsável estava ciente dos fatos e dois colaboradores teriam contratado auxiliares para erguerem os cabos que iriam passar pelo caminhão. Eles não tiveram treinamento e não contavam com equipamentos de segurança.
Na ocasião, assim que a fiação aproximou da área que a vítima estava, o caminhão continuou fazendo a curva e um dos rapazes não conseguiu ter força para levantar os cabos, atingindo a estrutura do trio e ocasionando a queda da vítima.
Ainda de acordo com as investigações, o motorista assumiu o risco de causar lesões a terceiros no momento em que aceitou conduzir um veículo com altura e dimensões superiores às permitidas, com pessoas em cima e passando sob fiações.
Informação: Francine Lopes