O Paraná registrou cerca de 20 mil focos de calor em agosto. O número é aproximadamente seis vezes maior do que o de julho. Nesta quarta-feira (4), o estado entrou em situação de emergência por causa da estiagem que atinge vários municípios.

O decreto determina, entre outras questões, a mobilização dos órgãos estaduais para atuar na detecção e combate a incêndios. A coordenação dos trabalhos está sendo feita pela Defesa Civil Estadual.

O Paraná está acompanhando, diariamente e em tempo real, o surgimento de focos de calor, a partir de imagens geradas por satélites do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) e da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa).

Uma das principais ferramentas utilizadas é a plataforma VFogo, desenvolvida pelo Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar). Quando um foco de calor suspeito é identificado, a Defesa Civil e o Simepar comunicam o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR), que fica encarregado de conferir a situação no local. Este ano houve 77 comunicados, sendo 38 somente no mês de agosto.

O subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Antonio Hiller, destaca o grande número de ocorrências em 2024.

Em todo estado são monitorados mais de duzentos mananciais, além das Áreas de Proteção Ambiental (APAs), parques estaduais e nacionais.

A maior incidência de focos de calor no estado foi registrada no Parque Nacional de Ilha Grande, com mais de 15 mil notificações neste ano. O número é superior ao acumulado nos últimos cinco anos, quando foram registrados cerca de 13 mil e 700 focos.

Reportagem: Brenda Niewiorowski