No Paraná, 76 cidades têm risco de deslizamento de terra, alagamento, enxurrada e inundação. Em todo o Brasil, são 1.942 municípios suscetíveis a desastres ambientais. É o que aponta um estudo do Governo Federal, coordenado pela Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento.

Atualmente, o CEMADEN (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) acompanha 36 cidades paranaenses com registro de acidentes decorrentes de movimentos de massa e de processos hidrológicos. Entre elas, estão Curitiba, Morretes, Paranaguá, Pato Branco, Tuneiras do Oeste e São Mateus do Sul. Apesar do mapeamento recente, feito em 2022, o número de cidades com risco de desastres ambientais no Paraná pode ser ainda maior.

Como explica o aponta o geólogo e diretor do Centro de Apoio Científico em Desastres (Cenacid), Renato Lima.

No ano passado, a inundação das cidades de União da Vitória, Rio Negro e São Mateus do Sul afetou mais de 13 mil pessoas. Na época, o Rio Iguaçu ultrapassou os 8 metros. Em 2022, um deslizamento de terra na BR-376, na Serra do Mar, deixou duas pessoas mortas e outras 14 feridas. O levantamento do governo federal identificou, entre 1991 e 2022, mais de 23 mil desastres ambientais em todo o Brasil, que resultaram em 3.890 óbitos. Conforme o estudo, a ampliação do monitoramento e sistemas de alertas é uma das recomendações para minimizar os desastres ambientais futuros.

Para o geólogo Renato Lima, para alcançar a redução de impacto é importante desenvolver estudos que compreendam melhor os processos da natureza e do homem.

O planejamento urbano é fundamental para mitigar os danos causados pelos processos da natureza.

Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, as principais ameaças naturais são deslizamento de terra, enxurrada, inundação, tornados e tromba d’água, e secas.

Informação: Mirian Villa