A passagem de ônibus de Curitiba sobe para R$ 5,50. A nova tarifa entra em operação nesta terça-feira (1°) e é o primeiro aumento desde fevereiro de 2019, quando o reajuste foi de 25 centavos e o valor passou para R$ 4,50. Segundo a prefeitura, o aumento de 22% considera a alta dos insumos. É o que explica o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Netto.

O levantamento da Urbs indica que o biodiesel teve alta de 131%, o óleo diesel de 76%, os pneus de 42% e os salários dos servidores subiram 22%. A tarifa técnica, que representa o custo real por passageiro, chega aos R$ 6,36. A diferença de valor é paga pelo poder público às empresas de ônibus. O aporte do Governo do Estado chega aos 60 milhões de reais mensais, e o da Prefeitura é de 97 milhões. A projeção da Urbanização de Curitiba (Urbs) é que a tarifa técnica chegue aos R$ 7,20, até fevereiro do próximo ano. Segundo o presidente, o custo está ligado à integração das linhas.

Antes da pandemia, o custo era calculado por passageiro. Ou seja, se a tarifa técnica era de R$ 7,00 e o passageiro pagava R$ 4,50, a Prefeitura de Curitiba arcava com R$ 2,50 por pessoa em forma de subsídio. Atualmente, o transporte público da capital é utilizado diariamente por quinhentas mil pessoas.

O movimento é equivalente a 65% da média registrada antes da pandemia do coronavírus. Com a crise sanitária e financeira relacionada à covid-19, a Prefeitura de Curitiba firmou um novo acordo com as empresas do transporte, em regime emergencial. O custo passou a ser pago por quilômetro rodado, e não mais por passageiro. Segundo a administração municipal, esse modelo foi mais econômico para os cofres públicos. 

Reportagem: Larissa Biscaia