Quem anda de ônibus encontrou a passagem um real mais cara, em Curitiba. A nova tarifa, de R$ 5,50, entra em operação nesta terça-feira (1°). O reajuste é o primeiro desde fevereiro de 2019, quando a passagem passou de R$ 4,25 para R$ 4,50. Segundo a prefeitura, o aumento de 22% considera a alta dos insumos.

É o que explica o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Netto.

O levantamento da Urbs indica que o biodiesel teve alta de 131%, o óleo diesel de 76%, os pneus de 42% e os salários dos servidores subiram 22%. A tarifa técnica, que representa o custo real por passageiro, chega aos R$ 6,36. A diferença de valor é paga pelo poder público às empresas de ônibus. O aporte do Governo do Estado chega aos 60 milhões de reais mensais, e o da Prefeitura é de 97 milhões.

A única vez em que a passagem teve redução de valor foi em 2013, após manifestações populares registradas em Curitiba e no resto do país.

A projeção da Urbanização de Curitiba (Urbs) é que a tarifa técnica chegue aos R$ 7,20 até fevereiro do próximo ano. Em março de 2020, no início da pandemia, o valor era de R$ 5,30. Em agosto de 2021, o valor chegava aos R$ 8,11. Segundo o presidente, o custo está ligado à integração das linhas.

E na Região Metropolitana:

A tarifa de ônibus da região metropolitana da capital paranaense também ficou mais cara. A maior variação é de R$ 4,50 para R$ 5,50, e a menor é de R $ 4,90 para R$ 5,50. Passageiros de Mandirituba, Quitandinha, Contenda e de Agudos do Sul encontram a maior tarifa: de R$ 7,00.

O valor também não era reajustado há três anos. O presidente da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), Gilson Santos, justifica que o subsídio do Governo do Estado é necessário para a manutenção dos preços.

Os usuários do cartão Metrocard pagam menos. Nas linhas integradas com a capital e de ligação direta, as do chamado primeiro anel, o valor passa de R$ 5,50 para R$ 4,75. No caso de pagamentos em dinheiro, os passageiros que embarcarem em Curitiba pagarão o valor de R$ 5,50, mesmo valor que será cobrado nas linhas urbanas da capital, conforme explica o presidente da URBS, Ogeny Pedro Maia Neto.

Os reajustes passarão a valer a partir do dia 15 de março.

Reportagem: Larissa Biscaia