Depois do anúncio, por parte da Petrobrás, de que o preço do diesel e da gasolina terá um reajuste, o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Paraná, o Sindicombustíveis, disse em nota que não tem informações para projetar o reflexo que essa alteração terá nas bombas. De acordo com o sindicato, o reajuste, para cima ou para baixo, vai exigir que os revendedores se adaptem a uma nova realidade no segmento. Além disso, o Sindicombustíveis disse que as revendedoras compõem o último elo da cadeia de combustíveis e que, portanto, aguarda como as empresas de distribuição vão tratar o aumento nas refinarias. O anúncio de que haveria uma mudança no preço dos combustíveis foi dado pela Petrobras nesta segunda-feira. De acordo com a estatal, a gasolina sofrerá um reajuste de 8,1% e o diesel de 9,5% na refinaria. Se repassado integralmente ao consumidor final, o diesel pode subir cerca de R$ 0,17 por litro, e a gasolina, R$ 0,12 por litro. A estatal alega que o aumento no preço se dá devido à variação do câmbio e dos preços do petróleo. Fernando Henrique, que usa o carro todo dia para ir até o trabalho, lamenta o aumento e sabe que a alteração no preço do combustível reflete em tudo que é consumido dentro de casa.

Em outubro, a Petrobras mudou a política de definição de preços. Desde então, um comitê se reúne a cada 30 dias para decidir os valores. Nas duas últimas reuniões, em 14 de outubro e 8 de novembro, o preço da gasolina e do diesel foi reduzido. Para o aposentado Márcio Silvano as quedas não foram significativas.

O jardineiro Christofer Melnechuk ficou sabendo hoje do reajuste e correu para o posto antes de amargar o aumento.

No caso da gasolina, as duas últimas reduções somaram 6,3% – índice inferior ao aumento de agora, que chega a 8,1%. Nos postos percorridos pela reportagem, o valor do litro da gasolina variava entre R$ 3,39 e R$ 3,65. Em um comunicado, a Petrobras destaca que os postos têm liberdade de preços e esse reajuste pode refletir de forma diferente no valor praticado nas bombas de combustível.