O ministro Ives Gandra Martins Filho, do Tribunal Superior do Trabalho, estendeu para as bases dos sindicatos dos petroleiros do Litoral Paulista e do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (05), a determinação de que 90% dos trabalhadores mantenham as atividades durante a paralisação da categoria.

A liminar concedida na véspera era relativa apenas as entidades sindicais vinculadas à Federação Única dos Petroleiros. A Petrobras informou que toma todas as medidas operacionais e jurídicas para garantia das condições normais de operação. A companhia reforçou que os dias não trabalhados por causa da greve vão ser descontados dos funcionários.

A Petrobras considera que os motivos alegados para o movimento não atendem aos critérios legais. A Federação Única dos Petroleiros entende que a companhia descumpre cláusulas e negociações firmadas no Acordo Coletivo de Trabalho, no fechamento da Fábrica de Fertilizantes em Araucária, na região metropolitana de Curitiba. No quinto dia de paralisação, a categoria afirma que 50 unidades da Petrobras aderiram ao movimento. Nesta quarta-feira (05), a greve se estendeu a mais três plataformas da companhia na Bacia de Campos. Agora, a entidade diz que são 17 unidades envolvidas na paralisação.

No total, a federação dos petroleiros afirma que passa de 17 mil o número de trabalhadores integrados ao movimento, em 12 estados. Ao longo da quarta-feira (05), a categoria disse que vendeu gás de cozinha e combustíveis pelo o que ela chama de ‘preço justo’, em Araucária e outros três municípios — Alagoinhas (na Bahia), Vitória (no Espírito Santo) e Canoas (no Rio Grande do Sul). Os trabalhadores dizem que as ações servem para ‘conscientizar a população sobre os riscos de aumento dos preços desses combustíveis com a venda das refinarias e a privatização da Petrobrás’.

Reportagem: Cleverson Bravo