PM troca comando de batalhão alvo de ataque em Guarapuava
O tenente-coronel Joas Marcos Carneiro Lins foi substituído pelo major Flávio Vicente Ferraz
Quatro dias após o ataque, a Polícia Militar (PM) decidiu trocar o comando do 16º Batalhão, em Guarapuava, na região Central do Paraná. O tenente-coronel Joas Marcos Carneiro Lins foi substituído pelo major Flávio Vicente Ferraz. As mudanças foram oficializadas ontem (quinta-feira, 21) e segundo a PM, foram fruto de decisões do Comando da Corporação. Diante disso, o tenente-coronel Joas foi transferido para a função de Chefe de Estado-Maior do 4° Comando Regional (CRPM), com sede em Ponta Grossa, nos Campos Gerais.
Antes de assumir o comando do 16º Batalhão em Guarapuava, o major Flávio Ferraz atuava como comandante da 8ª Companhia Independente (CIPM), em Irati, no Centro-Sul do Paraná. Segundo o comandante-geral da PM, coronel Hudson Leôncio Teixeira, a troca foi necessária diante do ataque no último domingo (17).
Até o momento, apenas dois suspeitos que estariam relacionados a tentativa de assalto foram detidos. Eles foram ouvidos pela polícia e liberados em seguida, por falta de provas. Enquanto isso, as buscas pelos 35 suspeitos de envolvimento no assalto chegam ao quinto dia nesta sexta-feira (22).
No dia do ataque, dois policiais militares e um morador de Guarapuava ficaram feridos. Um dos agentes teve piora no estado de saúde nas últimas horas. Pela internet, o filho do cabo Ricieri Chagas informou que a classificação do quadro passou de grave para gravíssima. O militar foi baleado na cabeça e passou por uma cirurgia para reduzir o edema cerebral. Na quarta-feira (20), o segundo PM ferido no confronto deixou o hospital. Baleado na perna, o cabo Bonato vai continuar a recuperação em casa. Já o morador sofreu ferimentos leves e não precisou ser hospitalizado.
Questionamentos sobre a aplicação de um plano de contingência para deter os bandidos voltou a ser motivo de manifestações em Guarapuava. Ontem (quinta-feira, 21), parentes de policiais militares se reuniram em frente ao 16º Batalhão da PM e apontaram falhas no enfrentamento aos criminosos. Eles questionaram se havia de fato um plano de contingência para situações de risco.
Por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública reafirmou a existência desse plano e lembrou que se não houvesse planejamento a ação dos criminosos teria trazido mais danos à cidade e que a ação conjunta e planejada das forças de segurança resultou na retomada da tranquilidade na região.
Reportagem: Leonardo Gomes.