Uma operação da Polícia Civil do Paraná (PCPR) que acontece nesta manhã tem como foco um grupo suspeito de fraudar licitação de medicamentos. São 16 mandados de busca e apreensão em cinco cidades das regiões oeste e sudoeste do estado. De acordo com as investigações, a empresa fraudou uma licitação de 6 mil frascos de Imunoglobulina Humana, avaliados em 10 milhões e 600 mil reais.

A medicação é indicada para tratamento de doenças autoimunes, leucemia e para pacientes recém transplantados.

De acordo com a Delegada da PCPR, Aline Manzatto, a empresa entregou medicamentos falsos identificados como Gamimune N 5%, em que constavam o nome de uma fabricante que já havia emitido um alerta.

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O cumprimento dos mandados acontece simultaneamente em Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Realeza, Bom Sucesso do Sul e Pinhal do São Bento. A operação conta com o apoio do Ministério Público do Paraná (MPPR) e Vigilância Sanitária.

Nota Sesa:

A Secretaria de Estado da Saúde solicitou à Polícia Civil a apuração de possível medicamento falsificado.
O processo licitatório de compra do medicamento foi regular. No entanto, o lote entregue para o Estado tinha inconformidades, segundo amostragem avaliada pela Polícia Científica.

Vale ressaltar que o medicamento em questão é de uso controlado, fornecido sob demanda para pacientes determinados em ambiente hospitalar. Não é medicamento com ampla circulação e acesso à população.

Os lotes que estavam nas Regionais de Saúde foram restituídos, armazenados e estão à disposição para o trabalho de perícia.

Não haverá desabastecimento do medicamento, pois o Estado tem estoque do fármaco de outros laboratórios.

A Sesa compra anualmente cerca de R$ 1 bilhão em medicamentos, mais de um bilhão de unidades de remédios e insumos farmacêuticos.

A Sesa já está diligenciando sindicância interna, bem como apurando dados e informações de pacientes que fizeram uso do medicamento.

Reportagem: Amanda Yargas