Em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, o vereador Felipe Passos (PSDB) foi condenado por um crime de assédio sexual e dois de concussão, conhecido como “rachadinha”. Na sentença, proferida pela juíza Laryssa Angelica Copack Muniz, da 1ª Vara Criminal de Ponta Grossa, o parlamentar foi condenado por três de um total de 12 acusações apresentadas pelo Ministério Público do Paraná.

Todos os crimes do processo teriam sido cometidos entre 2019 e 2020. As cinco vítimas seriam estagiários e assessores do parlamentar na época.

Sobre a acusação relacionada ao crime de concussão, o advogado de defesa, Herculano de Abreu Filho, diz que os valores que teriam sido depositados na conta do vereador eram relativos a pagamentos de empréstimos que ele fazia para os funcionários. E nega que tenha havido exigência de repasse de salário.

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Em relação à condenação de assédio sexual, o advogado destaca que a troca de mensagens com o assessor era recíproca e em tom de brincadeira.

Pelo crime de assédio, o vereador foi condenado a um ano de detenção. As duas condenações de rachadinha resultaram em uma pena de dois anos e quatro meses de reclusão.

A condenação inclui ainda o pagamento de multa no valor de R$ 484,80 e prestação pecuniária no valor de um salário mínimo. Segundo o advogado, as penas foram revertidas em prestação de serviço à comunidade.

A defesa diz ainda que já entrou com recurso contra a decisão.

De acordo com a investigação, o vereador teria exigido que o ex-assessor fizesse o repasse do salário para ele. O dinheiro teria sido usado para o custeio da campanha eleitoral de 2020 e também para a compra de bens e serviços de cunho pessoal.

Reportagem: Vanessa Fontanella