Prefeitura quer prorrogar socorro financeiro às empresas de ônibus de Curitiba
A prefeitura de Curitiba quer prorrogar o socorro financeiro às empresas de ônibus de Curitiba. Um projeto de lei que renova o chamado regime emergencial do transporte coletivo foi encaminhado à Câmara Municipal na última sexta-feira (17). A medida é retroativa ao mês de julho, quando deixou de valer o regime especial de remuneração das empresas de transporte. A decisão cabe, agora, aos vereadores da cidade.
No regime emergencial de custeio, as empresas de ônibus da capital recebem com base no quilômetro rodado, independentemente do número de passageiros transportados. Se o ônibus rodar vazio, ou com lotação máxima, a remuneração é a mesma. Segundo a prefeitura, a medida tenta conter a queda expressiva no número de passageiros no sistema, decorrente da pandemia da Covid-19. Dados da empresa que administra o transporte público da cidade – a URBS – apontam que o número de passageiros de janeiro a agosto foi 40% menor do que o estimado.
No orçamento do ano passado, a empresa pública estimou que 113 milhões de passageiros utilizariam o sistema até agosto. O realizado, porém, foi o de cerca de 68 milhões de usuários no sistema. Esta é a terceira vez, desde o início da pandemia da Covid-19, que a prefeitura pede aos vereadores, a aprovação de um aporte financeiro às empresas de ônibus. Em dezembro do ano passado, os parlamentares da cidade aprovaram um aporte de R$ 102 milhões ao sistema.
Os recursos tinham o objetivo de compensar as perdas de arrecadação das empresas de ônibus da cidade, até 31 de junho deste ano. Desde março do ano passado, a prefeitura de Curitiba injetou ao menos R$ 280 milhões no sistema, para compensar o défice provocado pela falta de passageiros. A frota de ônibus de Curitiba é composta por cerca de 1.050 veículos. Segundo a Prefeitura de Curitiba, nos horários de pico 100% da frota é utilizada. O sistema transportou desde o início do ano, uma média de 270 mil passageiros por dia.
Reportagem: David Musso