Presidente do Instituto Lula diz que a medita que interditou a entidade é autoritária
O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, considera autoritária a medida que interditou a entidade. Segundo ele, uma medida preventiva de um juiz sem que os envolvidos tenham sido condenados. O juiz federal substituto Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, ordenou a suspensão das atividades do Instituto Lula. A decisão, divulgada ontem (terça-feira, 9), foi tomada no âmbito da ação penal em que o ex-presidente Lula é acusado de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. Okamoto, que está em Curitiba para os atos em defesa de Lula, afirmou que o Instituto Lula não tem relação com a acusação do processo.
Paulo Okamoto também é réu no processo do Caso Triplex, que engloba a investigação sobre o armazenamento de bens do ex-presidente Lula depois que ele deixou a Presidência. O juiz substituto Ricardo Augusto Soares Leite já foi investigado pela Corregedoria Nacional da Justiça por causa de ações à frente da Operação Zelotes. Segundo investigadores da operação, Leite barrou vários pedidos de prisão preventiva solicitados pela Polícia Federal e paralisou as interceptações telefônicas quando as diligências caminhavam para comprovar crimes praticados por altos funcionários de bancos como o Safra, Bradesco e Santander. As investigações não avançaram. Sobre a Operação Lava Jato, e o ambiente criado para o depoimento de Lula, Okamoto afirmou que considera a condução da investigação equivocada.
Na última quinta-feira (4), Okamoto já foi interrogado pelo juiz Sérgio Moro no processo do Caso Triplex. Ele afirma que o depoimento foi uma oportunidade para esclarecer os fatos que está confiante na absolvição.
Paulo Okamoto participou dos atos em defesa de Lula desde o início da tarde.