Renato Freitas é submetido a julgamento simulado no RJ
O ato teve como motivação o assassinato do congolês Moise Kabagambe, espancado na capital fluminense
O vereador de Curitiba Renato Freitas, do PT, foi submetido a um julgamento simulado sob a acusação de invadir uma igreja, em fevereiro, para protestar contra a morte de negros. O ato teve como motivação o assassinato do congolês Moise Kabagambe, espancado na praia da Barra, na Zona Oeste da capital fluminense. O parlamentar, de fato, responde por quebra de decoro e pode perder o mandato, mas o evento realizado na Escola da Magistratura do Rio, nesta quinta-feira, teve como objetivo incentivar o debate sobre liberdade religiosa e de expressão e manifestação.A iniciativa do simulado é do Centro Cultural da Justiça Federal. Para o vereador Renato Freitas, a proposta do evento foi cumprida.
A simulação ocorreu como um julgamento tradicional. De um lado, quatro componentes na equipe de acusação. Do outro, mais quatro na equipe de defesa. É o que afirma o professor de Direito Constitucional William Douglas, que organizou o julgamento.
O julgamento simulado foi presidido pela primeira juíza e desembargadora negra do Rio de Janeiro, Ivone Ferreira Caetano. E, para que o debate trouxesse os dois lados, figuras conhecidas da direita e da esquerda estiveram presentes. A simulação terminou sem um veredito, pois a intenção era de que cada espectador formulasse a própria conclusão de condenação ou inocência a partir do que foi apresentado.