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Sade vota favorável à cassação e inelegibilidade de Moro

A desembargadora Claudia Cristina Cristofani pediu vistas, com isso o julgamento será retomado na segunda-feira

 Sade vota favorável à cassação e inelegibilidade de Moro

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O desembargador José Rodrigo Sade julgou procedentes as acusações por abuso de poder econômico contra o senador Sérgio Moro (União Brasil). Durante a apresentação do voto, que durou pouco mais de uma hora, Sade apontou uma série de gastos com segurança, viagens, mídia e comunicação. Segundo o desembargador, os valores usados na pré-campanha de Moro foram de mais de R$ 2 milhões, quantia que ultrapassa em pelo menos 38% o teto dos gastos com a campanha. No entendimento do desembargador, houve quebra de isonomia no pleito e os valores excessivos configuram prática de abuso de poder econômico.

Sade votou pela cassação da chapa de Sérgio Moro e inelegibilidade do parlamentar pelo período de 8 anos.

O voto é contrário ao do relator do processo, Luciano Carrasco Falavinha, que na segunda-feira (1) absolveu o ex-juiz e ex-ministro das acusações. Na ordem, a terceira desembargadora a votar seria Claudia Cristina Cristofani, que pediu vistas do processo. Com isso, o julgamento será retomado na segunda-feira (8). Além de Claudia, restam outros quatro votos para definir o futuro político de Sérgio Moro. O advogado do PL, Bruno Cristaldi, destaca que pela complexidade da ação, é de se esperar que haja divergência de opiniões na corte. Para ele, o ponto forte da análise de Sade foi o fato do desembargador entender que todos os gastos de Moro, inclusive com segurança, precisam ser considerados no contexto geral.

O advogado da federação PT, PV e PC do B, Luiz Eduardo Peccinin, acredita que o voto do revisor traz importantes elementos que podem contribuir para a análise dos demais integrantes da corte.

O advogado de defesa de Sérgio Moro, Gustavo Guedes, criticou o parecer de Sade, principalmente, no que se refere a aferição dos valores considerados excessivos.

O senador é acusado pelo PL e pela federação formada por PT, PV e PC do B, por abuso de poder econômico, lavagem de dinheiro e uso indevido dos meios de comunicação nas eleições de 2022. A terceira sessão do julgamento está marcada para segunda-feira (8), às 14h, na sede do TRE-PR. A sessão será transmitida ao vivo pelo YouTube.

Reportagem: Vanessa Fontanella

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Paula Duraes

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