Segurança acusado de racismo nega ter perseguido vítima em supermercado
Em depoimento à polícia ele diz que viu a professora somente quando ela se aproximou
Em depoimento à Polícia Civil, o segurança acusado de racismo nega que tenha perseguido Isabela Oliveira, dentro do supermercado, em Curitiba. Ele foi ouvido hoje (terça-feira, 11) e alega ter visto a professora apenas quando ela se aproximou dele no corredor, conforme explica a delegada da PCPR, Camila Cecconello.
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Durante a oitiva o segurança, que está afastado do trabalho durante as investigações, contou ainda sobre as funções dele dentro do estabelecimento. Uma delas é analisar suspeita de furto dentro do supermercado, conta a delegada.
Até o final desta semana outras testemunhas serão ouvidas. De acordo com a polícia, a rede de supermercados forneceu todas as imagens das 20 câmeras de segurança que têm no local. São mais de 8 horas de gravações que serão analisadas minuto a minuto para elaboração do relatório final e conclusão da dinâmica dos fatos para a conclusão do inquérito.
O segurança é acusado de seguir uma professora negra dentro de um supermercado foi afastado do trabalho durante as investigações. Isabela Oliveira registrou um boletim de ocorrência sobre o caso nesta segunda-feira (10).
A professora foi ao atacadista no bairro Portão na última sexta-feira (07), para comprar os itens para o almoço de Páscoa. Ela relata que foi seguida pelo segurança durante toda a compra.
Horas mais tarde, Isabela voltou ao estabelecimento e fez um protesto. Escreveu a frase “Eu sou uma ameaça?” pelo corpo e tirou a roupa dentro do supermercado.
Reportagem: Francine Lopes e Larissa Biscaia