Servidores em greve protestam, organizam mobilização e prometem grande ato para semana que vem

 Servidores em greve protestam, organizam mobilização e prometem grande ato para semana que vem

(Foto: divulgação)

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No décimo primeiro dia greve dos servidores estaduais, professores e trabalhadores em educação fazem na manhã de hoje (05) um protesto em Curitiba e em mais de 20 cidades do interior. Na capital, a movimentação se concentra na Secretaria de Estado da Educação (SEED), no Centro. Os trabalhadores protestam pelo reconhecimento da data-base deste ano e contra a defasagem salarial de 17% acumulada desde 2016. Além disso, eles denunciam supostas práticas ilegais do governo estadual para pressionar os grevistas.

O presidente da APP-Sindicato, que representa professores e trabalhadores em educação, Hermes Leão, diz que uma denúncia formal foi entregue ao Ministério Público (MP-PR):

Procurado pela reportagem, o secretário de Estado da Educação Renato Feder afirmou que não tem autorização para falar sobre o assunto. A BandNews FM também pediu uma nota à Secretaria de Estado da Educação (SEED), que não foi envida até o momento.

O comando estadual deve realizar uma série de atos neste final de semana com o objetivo de manter a mobilização dos servidores, que estão paralisados desde o dia 25 de junho. Nesta segunda-feira (08), os servidores devem retornar à Assembleia Legislativa para tentar, junto aos deputados, avanços nas negociações. Também na segunda-feira, militares convocam uma carreata para protestar a favor da data-base, com a presença de policiais militares e civis, além de agentes da Polícia Civil e do Departamento Penitenciário (Depen). Na terça-feira (09), dia em que a greve deverá completar duas semanas um grande ato unificado está convocado para o Centro Cívico.

Nesta semana, o governador Ratinho Júnior (PSD) apresentou uma proposta, mas ela foi imediatamente recusada pelos servidores. O Palácio Iguaçu pretende congelar a data-base até 2022. O governo oferece meio por cento de reajuste neste ano e mais um e meio por cento no ano que vem. Pela proposta, também há a possibilidade de acréscimos de até 3% até 2022, mas isso dependeria de um crescimento improvável de até 7% das receitas correntes líquidas do estado. A proposta do governo também condiciona o reajuste ao fim das licenças-prêmio.

Para além da questão salarial, o Palácio Iguaçu ofereceu melhorias em benefícios e garantiu a permanência de alguns direitos adquiridos. A proposta também prevê a contratação de quase seis mil servidores por meio de concursos públicos. Este item também foi questionado por algumas categorias, porque a contratação não resolveria os problemas da falta de efetivo. No caso dos agentes penitenciários, por exemplo, as 1.269 contratações prometidas serviriam para substituir os 1.156 trabalhadores que estão com os contratos temporários prestes a vencer.

Reportagem: Angelo Sfair

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