SESP pode deixar de escolher direção das escolas cívico-militares
Projeto do Governo do Estado pede que atribuição seja da Seed, entre outras alterações
A escolha dos diretores das 195 escolas cívico-militares pode deixar de ser da Secretaria de Estado da Segurança Pública. Um projeto de lei, que partiu do Governo do Estado, pede que o cargo mude para monitor educacional e que a seleção seja feita pela Secretaria de Estado da Educação e do Esporte.
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Mesmo com a alteração, o comando das escolas ainda deve ser ocupado por um militar, sem a exigência de formação em educação.
Na análise do doutor em Educação e professor universitário, Reginaldo Rodrigues da Costa, a escolha dos profissionais das instituições de ensino deve ser da Seed permanentemente.
De acordo com a proposta, outra alteração é que os militares utilizem uniformes ao invés de fardas. Assim, eles não poderão andar armados nas escolas. A farda será utilizada apenas pelos policiais do lado de fora das instituições.
O professor defende que, mesmo sem a exigência, os diretores deveriam ter conhecimento da área da educação, para garantir a qualidade do ensino.
O projeto foi enviado no início da semana à Assembleia Legislativa do Paraná. Em regime de urgência, ele foi apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça em sessão extraordinária na tarde desta quarta-feira (09). Se aprovado, as alterações passam a valer a partir do próximo ano letivo.
O Paraná tem 195 escolas no modelo cívico-militar, com mais de 120 mil alunos, entre ensino fundamental e médio. A implementação do projeto começou em 2021.
Reportagem: Larissa Biscaia.