Situação da BR-277 gera prejuízo milionário ao agronegócio
Este é o alerta feito pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná
Para cada hora e meia de paralisação da BR-277, o prejuízo ao agronegócio paranaense chega aos R$ 147 milhões ao longo de seis meses. É isso que aponta um estudo técnico feito pelo Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Esalq/Usp, a pedido da Federação da Agricultura do Estado do Paraná. Ao longo de três anos, a exportação de soja, milho e farelo de soja pelo Porto de Paranaguá teve queda de 35%, ao passar de 14 milhões de toneladas em 2020 para nove milhões em 2022.
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Mesmo com a publicação do edital para a concessão do primeiro lote de rodovias do estado à iniciativa privada, o cenário é preocupante de acordo com o presidente do Sistema Faep/Senar, Ágide Meneguette. Sem poder escoar a safra, o setor arca com um novo custo, o de armazenamento.
Por exemplo, o frete de Cascavel para o Porto de Paranaguá era de R$ 100,00 por tonelada de soja. No primeiro trimestre deste ano, ele chegou aos R$ 130,00. A preocupação da Faep é que os transtornos e prejuízos no escoamento da safra 2022/23 se repitam na temporada de 2023/24. Além da dificuldade logística, o presidente afirma que falta eficiência na negociação dos contratos de concessão.
Ainda segundo o levantamento, escoar a safra por outros portos brasileiros traria um aumento significativo nos custos. Para Santos, em São Paulo, a alta seria de R$ 815 milhões.
Reportagem: Larissa Biscaia