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Tendo inflação como obstáculo, Curitiba registra aumento da arrecadação

A Capital acumulou alta de 3,71% na arrecadação nos primeiros quatro meses deste ano

 Tendo inflação como obstáculo, Curitiba registra aumento da arrecadação

Foto: Arquivo/AEN

Apesar dos impactos da inflação, Curitiba acumulou alta de 3,71% na arrecadação nos primeiros quatro meses deste ano. A informação foi divulgada ontem (quarta-feira, 25) pelo secretário de Planejamento, Orçamento e Finanças, Cristiano Hotz, durante prestação de contas na Câmara. Embora tenha sido registrado aumento da arrecadação de impostos e taxas do Município, a inflação do período se tornou, em termos reais, um porcentual negativo superior a 7%.

Em fevereiro, ao prestar contas de 2021, Hotz se mostrou contente que a arrecadação tinha subido 13,6% em termos reais, gerando um superávit primário no ano passado de R$ 568,3 milhões.

Maior fonte de recursos de janeiro a abril de 2022, gerando R$ 605 milhões, o IPTU subiu nominalmente quase 1% – mas cerca de 10% negativos em termos reais. Ainda é o segundo maior valor dos últimos seis anos para o período, mas abaixo da marca do ano passado, quando atingiu R$ R$ 672,5 milhões. Com o ISS, que já arrecadou R$ 596 milhões, o crescimento nominal foi de 8% e o real de 3,64% negativos. Também é a segunda maior marca dos últimos seis anos, mas abaixo do obtido em 2021.

Em relação ao ITBI, que é tido como um indicador do mercado imobiliário na cidade, por tributar a transferência de bens, houve uma queda na arrecadação nominal superior a 8%, chegando a 18% negativos quando considerada a inflação.

Sobre os repasses da União e do Estado para Curitiba, o secretário de Finanças disse que “estão em normalidade [com a média histórica]” e que os índices de gasto com pessoal, endividamento, despesa com publicidade e operações de crédito estão obedecendo aos limites legais.

Em diversos momentos da prestação de contas, Cristiano Hotz voltou a se referir à inflação e ao impacto dela na aquisição de remédios, pavimentação e até no abastecimento dos Armazéns da Família.

Cristiano Hotz apontou, ainda, que o cumprimento do mínimo constitucional em Saúde, que é de 15%, foi ultrapassado, estando em 17,54%. Já o de Educação, que é de 25%, foi aferido no primeiro quadrimestre em 17,59%.

Reportagem: Leonardo Gomes.

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felipe.costa

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