Vão ser ouvidas, na segunda-feira (27), as testemunhas indicadas pela defesa do deputado Renato Freitas, do PT, no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa do Paraná. Ele é alvo de uma representação movida pelo presidente da Casa, Ademar Traiano, do PSD. Freitas é acusado de tumultuar a sessão plenária e chamar Traiano de “corrupto”, no mês passado (outubro).

Enquanto discursava na tribuna, o petista foi interrompido por manifestantes que acompanhavam o debate nas galerias. Freitas pediu que Traiano acrescentasse mais tempo para a fala dele, porém teve o pedido negado. O presidente da Casa alegou que o relógio tinha sido “congelado” durante as interrupções e, portanto, Freitas não estaria prejudicado.

O deputado acusou Traiano de autoritarismo. O presidente da Assembleia alegou que seguiu as regras estabelecidas pelo regimento do Legislativo. A lista de testemunhas deve ser apresentada até esta terça-feira (21). O relator do processo é o deputado Matheus Vermelho, do PP. A defesa de Freitas afirma que “o objetivo é provar que aquele tipo de debate mais acirrado, mais contundente, não é algo inédito”.

A expectativa é que o processo seja concluído ainda neste ano. No caso de uma decisão final pela cassação de mandato, no Conselho de Ética, é necessário que o relatório seja encaminhado para a Mesa Diretora da Casa. Depois disso, o conjunto de todos os parlamentares, no Plenário, é quem define o futuro de Freitas, na Assembleia.