O julgamento do Tribunal de Contas do Paraná do suposto “furo” de R$ 19 milhões e 800 mil reais na prestação de contas da construção da Arena da Baixada para a Copa do Mundo de 2014 será retomado em novembro. O processo de auditoria está com o conselheiro Fábio Camargo que solicitou vistas na sessão do dia 13 de outubro. Na ocasião, o conselheiro presidente da 2.ª Câmara, Nestor Baptista, deferiu o pedido e disse que o processo envolve milhões de reais. Segundo o conselheiro, uma análise mais profunda vai melhorar até o voto dele.

Fábio Camargo tem quatro sessões para analisar a ação. Já passaram duas. O Tribunal de Contas realiza uma sessão por semana com todos os conselheiros. O pedido de vistas é para analisar melhor o processo e eventualmente indicar algum argumento. Enquanto está nesta etapa, a ação não pode ser julgada.

No relatório de auditoria da Comissão de Fiscalização da Copa do Mundo de 2014 do Tribunal de Contas, assinado pelo conselheiro Nestor Baptista, os quase 20 milhões são descritos como “não justificados”. A prestação de contas aponta o gasto como parte dos itens “projetos, estudos e consultoria; supraestrutura; estruturas metálicas; pavimentação; e sistema elétrico”. O relatório que aponta o furo nas contas foi concluído no dia 3 de julho. O documento questiona a auditoria feita por uma empresa terceirizada, a PWC, que, segundo o Tribunal de Contas, permitiu que a Fomento Paraná, autarquia do governo do Estado, liberasse valores retidos. O Atlético Paranaense, que criou a CAP-SA para administrar a reforma na Arena da Baixada, e contratou a auditoria não quis se pronunciar. O advogado, Luiz Fernando Pereira, que representa o Atlético, não retornou aos pedidos da reportagem.