A venda e consumo do pinhão voltam a ser permitidas a partir de segunda-feira (1) no Paraná. A medida, contudo, só é válida para pinhões que já tenham atingido o período completo de maturação.

Segundo o Instituto Água e Terra (IAT), o cuidado é necessário para ajudar na preservação da espécie e também garantir a saúde dos consumidores. A multa em caso de desobediência é de R$ 300 a cada 50 quilos apreendidos, além da responsabilização por crime ambiental.

A safra se estende normalmente até junho.

Segundo a engenheira florestal do escritório regional do IAT, Lauren Soares Silva, as normas têm como objetivo conciliar a geração de renda e proteger a reprodução da araucária, ameaçada de extinção.

Em relação ao consumo, a especialista alerta que as pinhas impróprias para o consumo apresentam casca esbranquiçada e alto teor de umidade, o que favorece a presença de fungos. Se ingerido, pode prejudicar a saúde com problemas como a má digestão, náuseas e episódios de constipação intestinal.

O pinhão é considerado um dos produtos mais importantes para a economia paranaense no outono e inverno. Em 2022, a semente movimentou quase R$ 21 milhões, de acordo com levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral).

A produção, também em 2022, alcançou mais de 4 mil toneladas, segundo dados do IBGE.

Reportagem: Leonardo Gomes.