Defesa de Luis Felipe Manvailer pede suspensão do processo
A Justiça negou o pedido de nulidade do laudo psiquiátrico do professor Luis Felipe Manvailer acusado de matar a esposa, a advogada Tatiane Sptizner, em Guarapuava, na região central do Paraná. Na noite desta quinta-feira (16), a defesa do professor pediu a suspensão do processo e do prazo para a apresentação de resposta à acusação, que se encerraria na próxima quinta-feira (23).
Segundos os advogados, sem os laudos de exame Anatomopatológico e de necropsia, que ainda não foram finalizados, não é possível formular uma resposta às acusações contra Manvailer. O advogado Adriano Bretas afirma que não há uma acusação específica para que a defesa possa se pronunciar.
Luis Felipe Manvailer é acusado dos crimes de feminicídio, cárcere privado e fraude processual no caso que investiga a morte da esposa dele. Ela caiu do 4º andar do prédio onde o casal morava no dia 22 de julho. Antes da queda, imagens de câmeras de segurança mostram que o marido agrediu a mulher por pelo 20 minutos.
Ele ainda recolheu o corpo da advogada e levou de volta para dentro do apartamento do casal e em seguida limpou vestígios de sangue no elevador, antes de fugir do local. Um laudo pericial aponta que Tatiane tinha marcas de esganadura e que teria sofrido uma asfixia. Mas a causa da morte ainda não foi divulgada. É com base nisso que a defesa pediu a suspensão do processo.
Para a acusação, o pedido de suspensão do processo não faz sentido. O advogado Gustavo Scandelari destaca que no primeiro depoimento de Manvailer, ele afirmou que Tatiane teria cometido suicídio.
Nesta semana, um perito particular examinou o prédio e o apartamento onde Tatiane Spitzner morreu. A perícia foi contratada pela assistência de acusação e autorizada judicialmente. O resultado dessa avaliação deve sair somente no fim do mês. A defesa deve ainda recorrer da decisão que mantém a validade do laudo psiquiátrico do professor, feito após uma suspeita de tentativa de suicídio dentro da cela onde ele está detido, na Penitenciária Industrial de Guarapuava.
Segundo os advogados, o psiquiatra teria sido acionado apenas para avaliar a condição de saúde do réu, mas fez perguntas sobre os fatos ocorridos na noite da morte de Tatiane.
Reportagem: Ana Flávia Silva